segunda-feira, 22 de abril de 2013

A política do Big Stick


    No período presidencial de Theodore Roosevelt, a ação intervencionista dos Estados unidos tornou-se regular. A postura de Roosevelt diante a America Latina baseava-se na Doutrina Monroe. Para ele os Estados Unidos deveriam agir sempre que os países vizinhos violassem os direitos norte-americanos ou quando os governos demonstrassem relutância ou incapacidade de seguir as propostas norte-americanas. A política intervencionista de Roosevelt combinava ações diplomáticas e militares e foi mantida por seus sucessores. Durante todo século XX, principalmente nas áreas do Caribe e da America Central foram realizadas intervenções diretas e indiretas.

Da negociação á ação
  
  Depois da guerra civil, os Estados Unidos conheceram um acelerado crescimento industrial. Na América Latina os países tinham que importar artigos manufaturados. Com uma ação mais agressiva a indústria norte-americana vendo esta situação conseguiria conquistar este mercado. Os Estados Unidos convocaram a Primeira Conferencia Internacional Americana, que reuniu praticamente todos os países independentes da America Latina. Tinha como objetivo negociar uma aproximação comercial e se mostrarem como protetores da America, os resultados deste encontro foram inexpressivos. Seguindo os passos norte-americanos para o sul foram menos marcados pela diplomacia, que teve como alvo Cuba, até então colônia da Espanha. A segunda tentativa de independência Cubana, iniciada em 1895, andava lentamente quando os Estados Unidos interferiram e auxiliaram os cubanos a obter a emancipa dação políticos. Tornando-se assim oficialmente autônoma, porem com as tropas norte-americanas no território ainda. Três anos depois da independência, uma alteração constitucional, a Emanda Platt, formalizou a hegemonia norte-americana sobre Cuba a atuar militarmente na ilha como protetores e garantidores da estabilidade interna. 


A fronteira avança para o sul

    O predomínio político dos estados do norte após a guerra civil permitiu-lhes definir as bases da política econômica norte-americana. O desejo de ultrapassar as fronteiras existentes, que caracterizou toda a ação expansionista, agora em direção a América Latina. Em 1823, foi criada a Doutrina Monroe caracterizada pela proximidade dos Estados Unidos com os demais países da América. Os princípios anunciados pelo presidente James Monroe, apontavam a necessária aliança entre os países da América, contra a tentativa de avanço europeu. 
Avanço das terras da América para o sul


­Libertos, mas marginalizados.

   Os ex-escravos tiveram dificuldades sérias para encontrar seu lugar na sociedade do pós-guerra. De acordo com a 13ª emenda eram considerados cidadãos. Alguns anos depois foi reafirmado pela 15ª emenda que os negros deveriam ter os mesmos direitos que os brancos e ser tratados com igualdade. Mas, no entanto, isso não ocorria, pois vários estados do país vetavam aos negros o exercício de cargos públicos. A desigualdade e a crença numa superioridade do branco abriam espaço para o surgimento de grupos de defesa “supremacia branca” como a Ku Klux Klan.



Processo de marginalização dos escravos libertos

A abolição

    Em 18 de dezembro de 1865, os Estados Unidos abolem a escravidão por meio da 13ª Emenda à Constituição, acabando com um dos maiores sistemas de produção escravistas registrados pela História. A decisão já havia sido tomada pelo presidente Abraham Lincoln em janeiro de 1863, na chamada Proclamação de Emancipação, que concedeu liberdade aos escravos. 






Eclode a guerra

   Logo após a eleição de Lincoln, e não esperando a posse do presidente, a Carolina do Sul resolveu separar-se da União, arrastando consigo mais seis Estados. Formaram os Estados Confederados da América, sob a presidência de Jefferson Davis em 8 de fevereiro de 1861. O Norte contava com o apoio de 25 Estados, uma população de cerca de 22 milhões de habitantes, uma economia industrial diversificada e uma marinha de guerra. O Sul obteve o apoio de 11 Estados, uma população de 9 milhões de habitantes, dos quais 4 milhões eram escravos, uma economia de base agrária o que o fez dependente de recursos exteriores para o desenvolvimento da guerra.Durante os confrontos, Lincoln, para fortalecer os Estados Nortistas, extinguiu a escravidão e promulgou o Homestead Act, garantindo o apoio dos granjeiros e pioneiros interessados nas terras a Oeste. Ex-escravos, colonos e operários se incorporaram ao Exército da União, o que começou a reverter à guerra em favor do Norte, que passou a impedir a chegada de produtos europeus ao Sul, através de um bloqueio naval. Em seis de abril de 1865, o general Lee, comandante das tropas sulistas, pede os termos de rendição.



Federalismo e escravidão 

  Em toda a parte dos estados seus interesses persistiam, os estados com escravos possuíam a visão de que enquanto tivessem os escravos a briga entre patrões e empregados não existiria. Com isso o federalismo permitia que os estados tivessem autonomia em suas próprias regras, ou seja, davam a todos o poder de legalizar ou não o que bem entendessem. Com a eleição de Abraham Lincoln a parte sulista do país passou a defender a saída da federação e a criação de outro país.



Escravistas contra abolicionistas

     Como é visto na imagem existe uma briga entre as duas partes da nação, uma querendo o negro para o trabalho e o outro para liberta-lo desse sofrimento, essa briga é evidente visto que o Sul era sustentado pelo trabalho escravo. Não se chegou a nenhum consenso constitucional entre elas, todo terreno que o Norte possuía ele retirava a escravidão.





O Sul contra o Norte


   A imagem apresenta um soldado do Norte (à direita) e um soldado confederado (à esquerda), ambos se encarando devido à imensa rivalidade entre os Estados. O lado do Norte apresentava um maior desenvolvimento industrial e assalariado sem escravidão querendo o mesmo para a nação inteira, já o do Sul possuía uma economia voltada extremamente a agricultura escrava.

   

Indígenas: As maiores vitimas


Os maiores atingidos pela conquista do oeste foram os índios, os conflitos entre brancos e indígenas começaram muito antes do avanço em direção ao Pacifico. A Lei de Remoção Indígena determinou à transferência das populações indígenas que habitavam a terras a leste do Rio Mississipi para a margem oeste do rio, a população indígena decresceu rapidamente, demonstrando o custo do humano da conquista do oeste e suas características belicosas e violentas. Os índios eram encarados como inimigos que impediam o avanço dos desbravadores e deviam ser eliminados para que os "eleitos" prosseguissem em sua missão.



O papel das ferrovias e a expansão das fronteiras


     A grande eficiência das malhas ferroviárias do Norte permitiu o transporte rápido de tropas, apesar de o Sul também possuir essas malhas elas não eram ligadas entre si havendo uma maior dificuldade. O transporte ferroviário além de representar um forte avanço na mobilidade de tropas serviu para que a colônia americana transportasse vários tipos de alimentos, também contribuiu para a comunicação e junto a comunicação o avanço para o região central da América.  




A conquista do oeste 

    A disposição dos norte-americanos de avançar a fronteira para mais longe era estimulada pela crença no Destino Manifesto, que era baseado na ocupação até o pacifico e construir um pais de dimensões continentais. O deslocamento de milhares de pessoas para a conquista do oeste foi dado pela noticia da descoberta de ouro na Califórnia, americanos do sul e do norte juntaram-se a asiáticos, australianos, neozelandeses e europeus a uma corrida em busca da riqueza aparentemente fácil. A lei do Homestead Act foi tomada pelos norte-americanos para garantir a ocupação do oeste, a lei estabelecia a concessão de terras a preços bastante baixos, para todos aqueles que se estabelecessem na região, o impacto da proposta foi grande, aproximadamente um milhão de habitantes da costa atlântica transferiu-se para o oeste.




A guerra contra o México 



      O governo norte-americano realizou uma política de compra de terras para ampliar seu território, adquiriu quase toda região sul, que foi negociada com a Espanha e as terras que estavam sob controle Frances na Louisiana.  Muitos norte-americanos deslocaram-se para a região que pertencia ao México, fazendeiros instalaram plantações de milho e algodão nas terras texanas e passaram a pressionar o governo dos Estados Unidos para que anexassem às terras, eles chegaram a proclamar a independência dessa região, a autonomia durou nove anos e encerrou a fixação do Texas aos Estados Unidos. O México reagiu ao avanço norte-americano, causando uma guerra entre os países, o conflito durou dois anos e encerrou com a derrota do México, que perdeu aproximadamente 40% do deu território. 



Uma nova constituição para o novo país

      Uma vez acertada a independência, teve inicio o debate sobre a elaboração da constituição. Em 1787, o congresso continental aprovou a constituição, de inspiração liberal que estabelecia um regime presidencialista e reconhecia a divisão e o equilíbrio entre os poderes, executivo, judiciário e legislativo. Tinha o principio federalista como base da relação entre os estados e sua relativa autonomia perante o governo.

                         Debate sobre a elaboração da nova constituição americana





A independência

           A luta contra a posse inglesa sobre as colônias terminou em 1776, na Declaração da Independência, documento feito por Thomas Jefferson. A tentativa militar inglesa de manter o controle ainda continuou por sete anos, ate ser assinado o Tratado de Paris, 1783, que concretizou a paz entres os dois países e a Inglaterra reconhecendo sua ex-colônia como pais. 
Documento declarando a Independência norte americana.     




A reação colonial e as novas leis metropolitanas  


     Os colonos não ficaram passivos diante do esforço regrado da metrópole. A Lei do Selo provocou a destruição dos postos de vendagem dos selos e ataques aos responsáveis pela fiscalização, ate serem suspensos dez anos depois. Foi chamada de Festa do Chá de Boston a recusa das novas leis britânicas, em reação a Lei do Chá, onde os colonos vestidos de índios atacaram navios da Companhia Inglesa das Índias e lançaram ao mar suas mercadorias. A metrópole adotou um conjunto de medidas, em resposta ao ataque, que ficaram conhecidas como Leis Intoleráveis, ocupando militarmente a colônia de Massachusetts, fechou o porto e condicionou sua liberação ao ressarcimento do valor de mercadoria destruída e também ampliou sua presença militar nas demais colônias. Representantes dos colonos se reuniram no Primeiro Congresso Continental, que repudiaram as Leis Intoleráveis, a Inglaterra reagiu a essas decisões com a ampliação de sua presença militar na America. Os colonos responderam realizando o Segundo Congresso Continental , dessa vez com a presença de todas as colônias.


Intervenção metropolitana

      A Inglaterra aumentou a carga de impostos. A iniciativa visava compensar os gastos em função da guerra e diminuir o controle da metrópole sobre seu domino na America. Algumas leis criadas são:
    Lei do Melaço: Impostos altos ao melaço adquirido fora da área de colonização inglesa.
    Lei da Receita: Cobrava tarifas alfandegárias e restrições à importação de açúcar, café, vinho entre outras coisas.
     Lei do Chá: Determinava que o fornecimento de chá para a América Inglesa só podia ser feito pela Companhia Inglesa das Índias Orientais. Assim asseguraria o mercado do chá feito nas colônias.
     Lei do Selo: Qualquer tipo de impresso nas colônias só podia circular com selo feito e vendido pela metrópole.
     Lei Townshend: Definia tributos e formas de controle da circulação de muitos produtos, entre eles, papel, tinta, vidro e chumbo.


   George III “forçando” a América a consumir o chá inglês. 



 Novos interesses da metrópole


      As treze colônias tinham um alto grau de autonomia, tendo entre si quanto à relação da metrópole. Os impostos eram definidos pelas assembleias  compostas por representantes eleitos pelos homens livres, os interesses ingleses em relação à exploração das colônias começaram a crescer.  A burguesia passava a ver a America como fonte de matéria-prima e um potencial mercado consumidor, a ocupação britânica do Canadá e da Louisiana, resultado da vitoria na guerra contra os franceses abriu a possibilidade de avanço para o oeste. Os colonos pretendiam expandir seus domínios para a área do Mississípi  levando a autonomia de que desfrutavam no litoral atlântico.




As colônias do sul

     A economia no sul era essencialmente agrária e exportadora, as cidades não tinham grande importância, e as manufaturas e o comercio local eram pouco expressivos. A base da produção era a grande propriedade rural, em geral monocultura.




A colonização do norte e do centro
      
        
     As colônias do norte e do centro tiveram colonização diferentes da do restante do continente, as condições climáticas e de solo inviabilizaram a agricultura extensiva praticada nas colônias do sul. A pouca interferência da metrópole nos assuntos internos das colônias também permitia que os colonos optassem pelas formas de colonização mais adequadas ao local e aos seus interesses. A economia do norte e do centro incluía caça, pesca e exploração de madeiras. A integração entre as economias rural e urbana também caracterizou essas colônias.


As treze colônias

    A colonização inglesa foi promovida por iniciativas particulares e autônomas. A chegada do Mayflower marcou o inicio da ocupação regular da America do norte. A idéia de que os colonos agiam em nome de Deus revelava motivações religiosas, que se associavam a interesses comercias, e ainda os inspiravam. Pra os puritanos, uma tarefa dos enviados divinos era gerar riquezas, que mostrava a capacidade de administrar os bens de Deus na Terra. 
Colônias sobre o domínio inglês.



Eleitos de Deus

  A própria coroa inglesa não tinha os recursos necessários para promover a travessia oceânica. O rei Jaime I autorizou, dois grupos de mercadores de Londres e de Plymouth a construir companhias de comercio para explorar o trafegam em direção ao novo continente e organizar sua colonização.

Jaime I 


Repulsão e atração



O primeiro grande grupo de ingleses que chegaram a América para iniciar a colonização sistemática tornou-se conhecido como pais peregrinos. Eles eram puritanos e fugiam das perseguições religiosas que ocorriam na Inglaterra do inicio do século 17. Os puritanos defendiam reformulações amplas na organização da Igreja, de atitudes cotidianas rigorosas que definiam uma forma de conceber o trabalho e a busca do sucesso financeiro. Muitos puritanos sentiram-se rejeitados por uma Europa que acreditavam ser decadente e optaram pela fuga da América.